Da série Alta Gastronomia no Lar – receitas caseiras da culinária japonesa preparadas pela Satomi, para regojizo e felicidade do Reginaldo
O outono é uma estação gastronômica por excelência aqui no Japão. Época de colheitas e sinônimo de fartura, com grande variedade de produtos fresquinhos e saborosos chegando nos mercados.
Um desses produtos agrícolas símbolo do outono é o 栗 kuri (castanha portuguesa). Típico de clima temperado, ele é cultivado em quase todo o Japão.
Nos quintais da minha vizinhança também existem muitas árvores de kuri e a gente chega a enjoar de tanto comer as castanhas que ganhamos do pessoal em volta.

Uma das receitas de maior sucesso aqui em casa é o kuri-gohan (arroz cozido com castanhas). O preparo é simples:

Tire a casca das castanhas cruas. Repare bem na foto, à esquerda tem uma tesoura especial (chamada 栗くり坊主 kuri-kuri-bōzu) para facilitar esse – duríssimo - trabalho.
Cozinhe a castanha no microondas cerca de três minutos (ou mais, se preferir ela mais mole) e depois coloque junto com o arroz, um pedaço de alga konbu, um cogumelo shiitake seco e em pedaços, saquê*, sal e água* numa panela. Cozinhe até o arroz chegar no ponto de sua preferência. Também pode-se fazer na panela elétrica, deixando no tempo normal de cozinhar arroz.
*O item saquê é flexivel. A Satomi tira um terço da quantidade normal que usa de água para cozinhar arroz e no lugar acrescenta o um terço de saquê.

Depois de cozido, fica assim. Mexa bem para misturar os ingredientes e sirva.

O outono é uma estação gastronômica por excelência aqui no Japão. Época de colheitas e sinônimo de fartura, com grande variedade de produtos fresquinhos e saborosos chegando nos mercados.
Um desses produtos agrícolas símbolo do outono é o 栗 kuri (castanha portuguesa). Típico de clima temperado, ele é cultivado em quase todo o Japão.
Nos quintais da minha vizinhança também existem muitas árvores de kuri e a gente chega a enjoar de tanto comer as castanhas que ganhamos do pessoal em volta.
Uma das receitas de maior sucesso aqui em casa é o kuri-gohan (arroz cozido com castanhas). O preparo é simples:
Tire a casca das castanhas cruas. Repare bem na foto, à esquerda tem uma tesoura especial (chamada 栗くり坊主 kuri-kuri-bōzu) para facilitar esse – duríssimo - trabalho.
Cozinhe a castanha no microondas cerca de três minutos (ou mais, se preferir ela mais mole) e depois coloque junto com o arroz, um pedaço de alga konbu, um cogumelo shiitake seco e em pedaços, saquê*, sal e água* numa panela. Cozinhe até o arroz chegar no ponto de sua preferência. Também pode-se fazer na panela elétrica, deixando no tempo normal de cozinhar arroz.
*O item saquê é flexivel. A Satomi tira um terço da quantidade normal que usa de água para cozinhar arroz e no lugar acrescenta o um terço de saquê.
Depois de cozido, fica assim. Mexa bem para misturar os ingredientes e sirva.
Tokyo na hora do rush. Cena 1
Definitivamente, me tornei um perfeito inakamono (caipira). Fui fazer um trabalho em Tokyo e passei apuro digno de uma pessoa que está chegando na capital pela primeira vez.
Hora do rush na estação de Shinagawa, uma das mais movimentadas da cidade. Fiquei olhando para cima procurando por placas que indicassem a ‘saída leste’. O problema é que o bocó ficou parado no meio da passagem - na hora do rush tudo vira lugar de passagem. Quando chegou o trem, a boiada desceu e avançou apressada na minha direção. Eu me senti uma bolinha de fliperama sendo lançado e rebatendo em meio mundo até dar tilt.
Cinco anos morando no matão dá nisso.
Obs.: a foto mostra só o povinho que foi para a tal saída leste (Higashi-guchi). O estouro da boiada ocupa todos os espaços. A estação Shinagawa tem ainda outras saídas.
"Parthenon" subterrâneo, a tecnologia japonesa antienchente
A impressão que tenho, seguindo as manchetes dos jornais, é que as enchentes que ocorrem no verão em São Paulo estão ficando cada ano mais catastróficas. O que me despertou a curiosidade de saber como a extensa área metropolitana de Tokyo lida com esse relevante enclave urbano.
Descobri que na cidade de Kasukabe (Saitama) tem um local onde se pode fazer “turismo” para conhecer a tecnologia japonesa mais avançada antienchente. É uma espécie de centro de visitação e museu chamado Ryukyu-kan. Ele funciona no prédio da estação de regulagem do fluxo de água pluvial, que é captada e armazenada em canais e tanques subterrâneos. É o maior sistema de drenagem do mundo desse tipo (...)
Vowz Bar, um boteco de monges budistas
Monges podem ter bar e servir bebida alcoólica para as pessoas? A religião permite?
Eu fui pessoalmente saber qual é a real do grupo de budistas de linhas tradicionais japonesas que tem um boteco em plena Tokyo e que está na pauta da mídia japonesa e estrangeira no momento (...)
‘Nabe’ tem gosto de festa
- Você vai estar ocupado à noite? – Me perguntou a amiga Maho- Tenho um pouco de trabalho. Por quê?
- Vou preparar um 'nabe' em casa e pensei em convidar vocês.
- Se é 'nabe' eu vou de qualquer jeito.
- Hum... mas não sei se você vai gostar. Eu ganhei carne de javali...
- Javali? Adoro!
- Eu nunca preparei antes. Pode ser que não fique bom...
- Não tem problema. Se for 'nabe' e se juntar mais de duas pessoas, vira festa!
A carne de javali é um ingrediente meio raro, normalmente, o nabe é preparado com carne de frango ou postas de peixe ou outros frutos do mar. Também entra tofu (queijo e soja) e verduras da época. Mas é um prato muito versátil, onde cabe uma grande variedade de ingredientes e combinações.
Meu amigo Tomohisa é o marido da Maho. Ele é ceramista.
A palavra nabe significa panela. Mas também pode se referir ao ensopado preparado sobre um fogareiro em cima da mesa.
O nabe é uma comida fácil de preparar e muito econômica. Ótima para servir nas reuniões com amigos.
Comida típica do inverno, o nabe é muito bom para aquecer as noites frias. Na panela coloca-se um tempero básico e depois cada um acrescenta outros temperos à gosto no próprio prato.
Esta salada é 100% da minha horta: alface-crespa, rúcula, coentro e mizuna (verdura japonesa).
A carne de javali é um pouco dura, mas até a gordura é saborosa. Dizem que é importante deixar escorrer todo o sangue depois de matar o animal para não ficar com sabor e cheiro desagradáveis.
Gosto de comer na casa desses amigos para saborear a comida admirando as cerâmicas que ele produz e outras que coleciona.
Desta vez, ele me mostrou duas preciosidades da duas coleção: laca japonesa genuína (urushi). Elas também vão à mesa.
O NABE combina com KANPAI - SAÚDE!!!
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